Pesadelos recorrentes, são aqueles que se repetem constantemente em nossas vidas, e, muitas vezes, nos acompanham desde a infância. Tais pesadelos, podem ser reminiscências, recordações de uma vida passada.
Mas, podem ser também um assédio dos seres das trevas, obsessores espirituais, desafetos de vidas passadas, que nos atacam, assediam espiritualmente enquanto a gente dorme.
Podem, ainda, ser uma forma de um ente querido, parente falecido se comunicar, pedir a nossa ajuda - nesse caso, chamamos de sonho canalizador.
É o caso de uma paciente, que tinha constantes pesadelos em que se via num lugar escuro dentro de um ônibus, sem destino, perdida, e não conseguia retornar para casa.
Caso Clínico:
Pesadelos constantes
Mulher de 59 anos, viúva, dois filhos.
A paciente veio ao meu consultório, querendo entender por que tinha um pesadelo constante de estar num lugar escuro, sozinha, dentro de um ônibus, perdida, sem destino, não conseguindo voltar para casa.
Há 32 anos havia perdido seu ex-marido (ele e o seu ex-cunhado morreram num acidente de carro ao se colidir num ônibus).
Sentia-se ansiosa, agitada, insegura, baixa autoestima, sem motivação para trabalhar, fazer as coisas. Sentia-se também culpada, responsável pelo fato de sua família (pais e irmãos) ser desunida, não se falar.
Por último, veio ao meu consultório por estar com muito medo de passar por uma cirurgia na bexiga (a data da cirurgia já estava marcada) e saber também qual era o seu verdadeiro propósito de vida.
Após passar pela 4ª sessão de regressão, na 5ª sessão, a paciente me relatou: "Estou com medo, não consigo ver o chão...está tudo escuro (fala chorando).
É um buraco, estou sozinha, é muito escuro. É como se eu estivesse nesse buraco há muito tempo.
Sinto só os meus pés mexendo, o meu corpo treme como se não tivesse força. O lugar, além de ser escuro, é também muito frio (ela estava descrevendo as trevas, o astral inferior, que é escuro, fétido e gélido).
Quero soltar as pernas, mas não consigo, sinto-as presas. Tento abrir os olhos, mas não consigo também". (pausa).
- Procure, então, imaginar uma luz grande, intensa e sem limites - Peço à paciente.
"Não consigo imaginar, ver essa luz. Quero me libertar desse buraco escuro, mas não consigo.
Não quero ficar aqui, quero sair daqui (grita, chorando)".
- Tente se acalmar...Veja se é você mesma ou um ser espiritual que está nesse buraco escuro? - Peço-lhe.
"Quando o senhor me perguntou, veio o rosto de meu ex-cunhado falecido (nessa terapia, a TRE, é comum o ser espiritual desencarnado aparecer ao paciente só mostrando o rosto)".
- Então, é o espírito de seu ex-cunhado que está preso nesse lugar escuro, nas trevas, e não você.
É por isso que você vem tendo esses pesadelos recorrentes de estar sozinha num lugar escuro, perdida, sem destino, não conseguindo voltar para casa.
Na verdade, como seu ex-cunhado veio a falecer quando o seu veículo se chocou num ônibus, é ele e não você que - em seus sonhos - está nesse ônibus perdido, sem saber como voltar para casa.
Ele pede a sua ajuda, através de seus sonhos. Ore, irradie para ele - nesse buraco escuro, as trevas, onde ele está - a luz dourada (cor ouro), o amor de Cristo.
Procure imaginá-lo sendo banhado, iluminado por essa luz e peça para ele buscar o caminho da luz, do amor e da verdade. Faça isso, diariamente, em sua casa.
Na 6ª e última sessão de regressão, a paciente me relatou: "Vejo um homem bem alto, pele branca, loiro, diz que é o meu mentor espiritual, fala que está sempre me amparando, orientando, embora não o perceba".
- Pergunte-lhe se o seu ex-cunhado foi levado para a luz?
"Diz que ainda não, mas que brevemente será levado, pois as minhas preces estão ajudando-o muito. Afirma que ele vem recebendo a luz dourada de Cristo; por isso, o meu mentor espiritual pede para eu continuar orando e emanando essa luz para ele. Fala para não me preocupar, pois no tempo certo ele irá para a luz".
- Pergunte ao seu mentor espiritual qual é o seu verdadeiro propósito de vida?
"Ele me diz: - Sua missão é unir sua família (pais e irmãos), mas, cada um tem o seu livre arbítrio para seguir suas escolhas; portanto, você deve respeitar a evolução de cada um só os ajudando se for solicitada. Reunidos nessa família, todos estão tendo a oportunidade de aprender. Então, aprende quem quer; por isso, não se culpe, não se sinta responsável por eles. (pausa).
Meu mentor espiritual está agora querendo mandar uma mensagem à minha filha (ela estava presente no consultório, assistindo à sessão de regressão de sua mãe).
Ele lhe diz: - Quero lhe pedir (o mentor espiritual estava se referindo a mim, terapeuta) que dê um abraço por mim à filha da paciente, a minha gratidão pela pessoa que é. (pausa).
Depois que dei um abraço caloroso à filha da paciente, a paciente perguntou-lhe o seu nome. Ele respondeu: - Meu nome é Sanliel, e que a luz divina se manifeste em todos nós!
Após o término da terapia, sua filha me encaminhou um e-mail: "Querido Dr. Osvaldo, que saudades temos do senhor!
Passamos pelo tratamento - minha mãe como paciente e eu como espectadora - e adoramos, não só por ela ter melhorado, mas, também o contato que tivemos com o senhor e suas elucidações que foram muito importantes nessa terapia.
Em relação aos pesadelos recorrentes em que minha mãe se via perdida, sem rumo, sozinha num ônibus, num lugar escuro, e não conseguindo voltar para casa, nunca mais os teve.
Fizemos a oração para o ex-cunhado falecido de minha mãe, e ela nunca mais sonhou com ele.
Ao fazermos a última oração, nós o mentalizamos recebendo, aceitando a luz dourada, o amor de Cristo.
Após essa oração, minha mãe recebeu mentalmente, intuitivamente, uma mensagem da espiritualidade de que ele estaria no hospital do astral sendo tratado por amigos em comum. Ela vem se mostrando mais calma, menos ansiosa, tem cuidado mais de si e não se sente mais culpada por sua família ser tão desunida.
Esse era o motivo de muita chateação para ela, mas depois que o seu mentor espiritual, o Sanliel, disse-lhe que sua missão era reunir sua família, mas que cada um tinha o livre arbítrio para fazer suas escolhas, ela vem respeitando a decisão dos irmãos, sem nunca deixar de falar com eles e, por vezes, ajudá-los.
Após a terapia, ela vem se sentindo mais confiante, está prosperando em seu trabalho, passou por aquela cirurgia da bexiga, sem medo algum, sentindo-se livre e merecedora de ser feliz.
Quero lhe informar, também, que sua fé e perseverança estão cada vez maiores. Nós não esquecemos do amor que tinha naquele abraço que o Sanliel pediu para que o senhor me desse.
Obrigado, doutor, pela sua generosidade.
Sempre pensamos no senhor e mandamos uma luzinha de amor. Seu trabalho é lindo e depois da faculdade, se me for possível, pretendo fazer o curso de formação de terapeuta em TRE que o senhor oferece.
Muita luz!
Carolina e Ana Cláudia (nomes fictícios)".
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